sábado, 21 de maio de 2011

Gabriel Ydenah. Butler, no more.

Saudações cordiais, camaradas.

Espero que apreciem o conto e que o estilo narrativo esteja dentro das regras detalhadas por Hugo.

Gabriel Ydenah. Butler, no more.

11 de setembro de 2001, cidade de Genebra, Suíça. O crepúsculo dava enfim lugar a um belíssimo céu estrelado e sem nuvens. Melody e Butler caminhavam apressadamente nas ruas frias e fracamente iluminadas, assim planejadas para evitar que aquela vista espetacular fosse ofuscada. Procuravam um endereço bem conhecido por Melody, um apartamento num hotel 4 estrelas, onde encontrariam refúgio seguro antes de partir em sua principal missão por aquelas bandas.

Estranharam quando, ao se aproximarem, viram a porta da residência entreaberta. Um suave cheiro ferroso emanava dali e quando a porta foi escancarada por Butler pode ser revelada sua fonte. Monstruosidade, sadismo e sanguinolência não são suficientes para descrever a grotesca cena: completamente destroçados, membros, ossos e entranhas dos quatro aliados que deveriam abrigar a dupla estavam espalhados por todo o aposento. Chocado e fascinado por tamanho horror, Butler só conseguia balbuciar, sem conseguir desviar os olhos da pintura macabra à sua frente. Com toda sua força de vontade, buscou com o canto do olho por Melody, sem conseguir visualizá-la. Butler foi tomado pelo pânico.

Súbito, Melody surge flutuando numa posição totalmente indefesa, seguindo na direção de seu algoz. Quis o destino que o monstro à sua frente fosse aquele a quem os dois deveriam caçar e, se não detê-lo, ao menos atrasá-lo em seu retorno à América: Daniel.

Removido de sua paralisia ao ver sua mestra em perigo, Butler se põe em posição de combate, o que faz Daniel, em resposta, apenas sorrir, dizendo: "Tem certeza que vai fazer isso mesmo? Acha que é páreo para mim?

- "Viemos até aqui para te encontrar e te segurar de algum jeito. Não vou deixar que machuque minha mestra", brada Butler, enquanto arregaça as mangas da camisa.

- "Me segurar pra quê? Para não impedí-los de seguir adiante em seu plano de destruir as torres do World Trade Center? Ahahah! Você acha que me importo com isso? Vamos lá, siga em frente, então!"

Butler dá o primeiro passo e num piscar de olhos se vê num local completamente diferente. Céu límpido, matutino, parecendo tão próximo de sua cabeça, nuvens cercando-o por todos os lados, gelo sob seus pés, numa pequena área que lembra o topo de uma colina. Apesar disso, não parece castigado pelo frio: seu corpo permanece tépido. Butler não sabe, mas está no topo do Monte Everest.

- "Mestre Gabriel, que bom, não tinha certeza se conseguiria trazê-lo até aqui!", disse com voz exausta um monge que se encontrava a poucos metros dali, sentado no topo da montanha.

- "Q-Que lugar este? Ondestou? E... do que foi que você me chamou?!"

- "Mestre Gabriel. Por quê?"

Butler fica calado por alguns segundos, refletindo.

- "Gabriel Ydenah. Este é o meu nome?"

- "Sim, mestre."

- "Que lugar é este? Por que me trouxe aqui? Onde está Melody?"

- "Infelizmente só consegui concentrar energia suficiente para convocar o senhor, mestre, perdão! Perdõe-me também por não poder responder suas perguntas. Estou exausto, preciso descansar agora.". E com essas palavras, o misterioso monge desaparece.

Gertrudes se metamorfoseia de sua forma de barata para a de gata e fareja o local onde o monge sumiu. "Rotina poderosa e furtiva. Não será possível seguir o rastro energético residual do teletransporte.", diz a Familiar, desapontada.

- "Gertudes, eu sou Gabriel Ydenah. E não tenho ideia do que fazer agora."

- "Pensaremos nisso depois." Disse a gata, resoluta. "Por hora, vou abrir uma Ponte da Lua para sairmos daqui. Próxima parada: Nova York!".

En Taro Adun!

5 comentários:

Anão Picareta disse...

belo conto angelo. Como sempre com cuidado em usar um bom portugues, resbuscado, coeso e bem pontuado. (eu realmente não tenho muita paciencia p/ isso).
Hugo, por mim angelo recebe xp max. Bom conto, usando o pt corretamente, com coerencia e coesão, ortografia e pontuações ok.

Pele-de-Escama disse...

Eita, nem lembrava que você e Fernanda seriam os juízes.

Doumo arigatou gozaimasu, Diogo!

Boa sorte aos dois competidores, vocês tem 13 dias para postarem seus contos.

Saber disse...

Muito bom o conto. Só acrescentaria uma sugestão. enfatize melhor as sensações do personagem.


Mas só pra constar. Se tiverem tempo, olhem o Play-by-Forum que eu estou jogando para ver se serve de ajuda.

http://www.jamboeditora.com.br/forum/viewtopic.php?t=5474

Pele-de-Escama disse...

O.k, vou buscar melhorar esse aspecto no futuro.

Para quem der uma olhada no fórum sugerido por Hugo, ele é o Mamorra. Vocês reconhecerão algumas coisas nas publicações, como o método de sinalizar os diálogos e ações no Apocalipse Zumbi daqui do blog.

Pele-de-Escama disse...

Mermão, dei uma olhada nas fichas dos personagens que participam dessa campanha Play-by-forum e todas são acavaladas, coisa de doido! Pelo menos parece que os jogadores se entendem bem, parece haver uma generosa dose de harmonia.

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