sábado, 13 de setembro de 2008

A Ponte do Troll

Este é o último post sobre o gnomo preferido de todos nós, o adivinho estagiário da Ordem dos Altos Arcanos e personagem com nome mais bizarro da história, Rakhal Alharam Olho-Torto.

Na manhã que se seguiu, Rakhal foi despertado ao nascer do sol por seu pai-avõ, que o levou até a porta dos fundos da sede da Ordem. Eles se embrenharam por corredores estreitos, pelo subsolo e por almoxarifados desativados até encontrar uma sala empoeirada com símbolos arcanos traçados no chão.

O vovõ pediu que Olho-Torto ficasse no centro do círculo, segurando os equipamentos e mantimentos que ele havia recebido no dia anterior da secretária da ordem, enquanto o vovõ mencionava as palavras que ativavam a sala. Olho-Torto tinha apenas que visualizar seu objetivo enquanto o vovõ dizia as palavras, mas ninguém contava com a idade: o velho tinha esquecido as palavras de passe.

Após algumas tentativas frustradas de ativar a coisa, que só geravam névoa, tontura e brilhos estranhos nos símbolos no chão, a coisa foi ativada e a surpresa que o velho preparava aconteceu, mas não da maneira que ele tinha planejado. O mundo girou enquanto o velho tentava gritar para o neto as palavras que revertiam a magia. Olho-Torto foi então teletransportado para uma pastagem que, após alguns instantes, ele percebeu que estava a um dia de viagem do seu objetivo. O círculo de teletransporte tinha economizado a ele dois dias de viagem, mas para compensar, praticamente todo os mantimentos e equipamentos que a Ordem tinha lhe fornecido ficaram pelo caminho.

Restava apenas seguir em frente.

Continuando pelas pastagens, Olho-Torto se lembrava das aulas de geografia (aquele ano de enrolação dentro da Ordem tinha servido pra alguma coisa)- nessa região haviam alguns campos para pastagem desgastados demais e um pequeno bosque, cortado por um rio bem no centro. Os fazendeiros costumam cruzar o bosque diariamente para levar as cabras para pastar em pastos do outro lado. Ele teria de fazer o mesmo caminho para chegar as montanhas que separavam o centro do país da região leste.

Seguindo pela estrada, ele chgou até o rio, onde se deparou com uma ponte queimada e ainda quente. Ao lado da ponte havia uma placa escrito "Nova Ponte - Uma Quilometro ao Sul" (com o erro de concordancia mesmo), e uma trilha seguindo pelo bosque. A trilha aparentava ter sido aberta por cabras. Sem opção, seguiu a trilha.

Enquanto estava no meio da trilha, um garoto surgiu gritando desesperadamente: "O Troll! O Troll!"
E o garoto se jogou um cima de Rakhal, soluçando de choro e gritando desesperadamente que o troll havia levado seu rebanho. Rakhal Olho-Torto tentou acalmar o garoto, mas sem muitas intimidades. O garoto estava desconsoloda e afirmava que "um grande troll azul com unhas do tamanho de cutelos de açougueiro, espinhos em linha reta no lugar de cabelos e caninos superiores do tamanho de adagas" havia tentado pegá-lo e dispersado seu rebanho próximo a nova ponte.

Não era da natureza de Rakhal se preocupar com crianças, mas ele estava caminhando exatamente para aquela ponte, e um troll azul com espinhos no lugar de cabelos era realmente algo a se ver. Especialmente porque, de acordo com os livros da Ordem, trolls são verdes e não tem cabelos, e de acordo com os livros de história, todos os seres não humanos de Amestris foram destruídos 15 anos atrás, e o governo mantém um controle muito rígido (com a ajuda da Ordem) para que eles não voltem ao país!

Após algum tempo de viagem, alcançou uma ponte menor, que os pastores deviam sentir dificuldade para atravessar pois era malconstruída, velha e pequena, e aparentava ter sido recauchutada pouco tempo tempo atrás, um ou dois dias no máximo - os restos da reforma ainda estava ao lado da ponte. Havia uma placa escrito:
"Cabras uma peça de cobre por cabeça
Vacas duas peças de cobre por cabeça
Humanos tres peças e cobre por cabeça
Carrossa uma peça de prata, carruage duas peças de prata

Atravessa sem pagá, o troll vai te pegar!"

To be continued... (inclui momentos lendários com o gnomo correndo por baixo das pernas de um troll!)

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