segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Olho Torto Enxerga Melhor OU Uma Gnomografia Não-Desautorizada - Parte 1

É um fato conhecido entre os viajantes e exploradores do Multiverso (também chamados de Jogadores de RPG) que os Gnomos são uma raça intimamente ligada à magia arcana, especialmente à magia de ilusão.
Todo Gnomo já nasce com algumas habilidades místicas inatas, uma delas é a capacidade de falar com mamíferos escavadores como coelhos, texugos e similares (a mais idiota de todas, diga-se de passagem), mas a habilidade gnômica mais característica é a capacidade de 1x ao dia conjurar Globos de Luz, Prestidigitação e Som Fantasma como se fosse um Mago de 1º nível, dessas 3 apenas Som Fantasma é uma magia de ilusão, mas as demais, apesar de pertencerem a outras escolas, fornecem aos Gnomos um variado e eficiente arsenal de truques (como comprovou um certo Gnomo Ranger algum tempo atrás).
É natural que cada Gnomo desenvolva suas habilidades místicas ao longo de sua infância e adolescência (que são incrivelmente longas para os padrões humanos, o que uma família de Adivinhos descobriu da pior forma possível), os jovens Gnomos aprendem a conjurar suas magias inatas da mesma forma que aprendem a andar, falar, pregar peças e contar piadas, é uma grande fonte de orgulho para os pais e familiares ver um Gnominho se sobressair em alguma magia ou usá-la de forma criativa e inovadora.
Mas a raça foi criada por uma divindade bastante singular, Garl Glittergold, um deus famoso pelo hábito de pregar peças em outros deuses e tirar sarro da cara de qualquer criatura do Multiverso, nem mesmo os outros deuses Gnomos escapam (deve ser como ter um chefe cabuloso e metido a piadista), sendo assim não é de se estranhar que vez ou outra nasça um Gnomo com alguma característica diferente, o nascimento de Feiticeiros e Bardos na raça, que é mais voltada para a magia dos Magos, costuma ser visto como uma brincadeira do deus (e bizarramente o nascimento de Bardos tem aumentado muito nos últimos tempos).
Uma das mais inusitadas brincadeiras de Garl Glittergold ocorreu há 64 anos atrás, não contente em promover o nascimento de Feiticeiros e Bardos, o deus criou um Gnomo incapaz de lançar magias de ilusão e dotado de afinidade com a magia de adivinhação. O clã gnômico de Aldaran se viu completamente aturdido ao descobrir que o filho do patriarca do clã era uma aberração, maior que o mais louco dos Gnomos Feiticeiros ou que o mais carismático dos Gnomos Bardos, depois de tentativas de golpe por parte das famílias mais conservadoras do clã, acusações de adultério e o quase-primeiro divórcio gnômico da história, os Aldaran decidiram se livrar do pequeno adivinho do olho torto (como se não bastasse ser adivinho, ainda era vesgo).
Sacrifício (também conhecido como assassinato religiosamente justificado) estava fora de cogitação, apesar dos pesares os Gnomos são uma raça bondosa (chatos, é verdade, mas bondosos) e tal ato certamente atrairia a ira de Garl Glittergold (se de bom humor ele já causa problema, é melhor não arriscar deixá-lo com raiva), abandonar o gnominho numa floresta ou montanha também não daria certo, com certeza seria encontrado por algum pastor e voltaria anos mais tarde para involuntariamente (ou não) causar a destruição do clã. Então a única solução restante era passar o abacaxi adiante.
To Be Continued...

3 comentários:

Anônimo disse...

Sem comentários.

Anônimo disse...

Eu leio e releio e ainda estou chocado com a ousadia dessa biogafia não-desautorizada.

Renato Recife disse...

Ousadia? Por quê?

Espera até eu chegar na descrição da vida familiar dele, huahuahuahua =D

Acho que deve ter só mais uns 2 capítulos, quando tiver com tempo eu posto mais.

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