Saudações cordiais, camaradas.
Na sessão de hoje finalmente surgiu a oportunidade de libertar todo o poder de Doc Black, e foi muito legal. Como é normal nesses casos, muitas vezes pensei em mil e uma formas extraordinárias de interpretar este feito, e o modo como aconteceu foi um pouco diferente daquele que imaginei, pois Diana acabou com o minotauro antes que eu pudesse concluir minha sina. Mas fiquei satisfeito quando notei que Tibúrcio teve sensibilidade e criatividade suficientes para dar um toque especial ao momento.
Nesta postagem vou descrever como desejava que acontecesse a cena.
O Bando estava cercado por todos os lados. Inimigos monstruosos e asseclas das mais diversas espécies pareciam estar esperando nosso ataque. A balbúrdia dificultava que organizássemos nossas forças, mal podia ouvir a mim mesmo. Ainda assim meus soldados fizeram um círculo defensivo em torno de mim, uma reação instintiva e condicionada pela experiência que já tinham dessas situações de conflito. Corleone, Diana, Prii, Klavan, Bass... estavam cada um por si.
Durante o primeiro minuto do confronto observei o campo de batalha e tentei, com pouco sucesso, coordenar as ações de heróis e seguidores. Não sou um combatente hábil; o melhor que podia fazer era alertar meus companheiros contra batedores e oportunistas, e ficar a postos para prestar auxílio médico e tático. Infelizmente apenas os policiais que me servem atuavam em uníssono comigo. Aos outros só podia orar aos deuses por sorte.
- Destrua o líder, e as tropas ficarão desmoralizadas e desorientadas.
Olhei ao redor, assustado. Não vi ninguém ao meu lado, mas sabia que havia alguém ali. A voz rouca e maliciosa soou a menos de dois metros, e pude sentir o fétido hálito da criatura, de algum ponto. Não tive tempo para raciocinar sobre o assunto: um golpe rápido me projetou contra a parede de uma construção e o impacto foi tão poderoso que a atravessei, fazendo um pequeno buraco na base do prédio.
- "DOUTOR BLAAAAACKKKKK!!!!" Gritaram os policiais, que não faziam a mínima ideia do que havia acontecido.
O golpe deslocou completamente meu braço direito e quebrou o esquerdo em três partes. Minha bacia, que foi a primeira parte a encontrar a parede de tijolos, parecia ter sido pulverizada. Perdi parcialmente a visão e os outros sentidos ficaram turvos. Meus nervos não funcionavam direito, pois não havia dor, apenas dormência e paralisia em todo o corpo. Havia pouco sangue a vista, pois a hemorragia era interna. Mesmo não vendo ou sentindo nada, eu sabia que havia sofrido traumatismo craniano.
- "Ainda vivo? Por pouco tempo." A mesma voz, ainda invisível, falou.
Seja por descuido, seja pelo desejo de se revelar à vítima, meu adversário deixou o manto de sombras que o tornava invisível. Era uma grande e musculoso lestrigão, embora mal pudesse reconhecê-lo devido a quase cegueira que me afligia, e também por jamais ter ouvido histórias sobre meio-gigantes capazes de se tornar invisíveis. Meu oponente se aproximava, parecia contar apenas com os próprios punhos como armas.
Chorei. Não pela dor ou sofrimento, mas pelo que o monstro me obrigaria a fazer. Roguei ao Destino que tivesse compaixão dos humanos que por tanto tempo zelei, contendo a evolução natural de meu poder divino. Rezei ao meu Pai, pedindo que me concedesse força suficiente para subjugar meu inimigo. Então permiti a liberação de todo meu poder.
A parca luz do aposento começou a convergir toda para mim. Minha pele, até então muito branca, adquiria lentamente uma aparência bronzeada, que refletia cada vez mais forte essa luz. De um modo macabro e assustador meus ferimentos começavam a cicatrizar sozinhos, os ossos se reajustavam, meus sentidos voltavam ao normal, e meus nervos gritavam de dor enquanto meu corpo se restabelecia. O brilho se tornou forte o suficiente para conter o avanço do monstro, que parecia incomodado com a luminosidade. Fiquei de pé e falei, com fúria vingativa:
- MONSTRO MALDITO! VOCÊ ME OBRIGOU A FAZER O QUE MAIS TEMIA. NÃO PODIA TOMBAR NESTE MOMENTO, NÃO TÃO PERTO. PARA SOBREVIVER, PRECISEI LIBERAR TODO O PODER QUE MANTIVE LATENTE, NÃO HÁ MAIS VOLTA. AGORA, DESTRUIÇÃO SE ABATERÁ SOBRE VOCÊ POR MINHAS PRÓPRIAS MÃOS...
Meus olhos ficaram totalmente dourados, e um cone de energia invisível foi emitido. Radiação ultravioleta envolveu o corpo do lestrigão, que imeditamente começou a explodir em pústulas cancerosas e severas queimaduras de terceiro grau. Seu corpo parecia lutar contra a doença degenerativa.
- POR MEU PAI, PELO OLIMPO, MORRA!
Em segundos, o enorme corpo jazia no chão pedregoso, frito pela energia radiativa.
Os policiais invadiram atrapalhadamente o prédio, avançando pela pequena abertura feita pelo corpo de Doc Black, e o assombro os dominou. O franzino e inofensivo garoto que seguiam já não se encontrava lá. Agora havia um belo e atlético rapaz, de pele bronzeada e porte rígido e imponente.
Com a voz triste, Doc Black suspirou:
- Não há mais volta.
En Taro Adun!
Na sessão de hoje finalmente surgiu a oportunidade de libertar todo o poder de Doc Black, e foi muito legal. Como é normal nesses casos, muitas vezes pensei em mil e uma formas extraordinárias de interpretar este feito, e o modo como aconteceu foi um pouco diferente daquele que imaginei, pois Diana acabou com o minotauro antes que eu pudesse concluir minha sina. Mas fiquei satisfeito quando notei que Tibúrcio teve sensibilidade e criatividade suficientes para dar um toque especial ao momento.
Nesta postagem vou descrever como desejava que acontecesse a cena.
-x-
O Bando estava cercado por todos os lados. Inimigos monstruosos e asseclas das mais diversas espécies pareciam estar esperando nosso ataque. A balbúrdia dificultava que organizássemos nossas forças, mal podia ouvir a mim mesmo. Ainda assim meus soldados fizeram um círculo defensivo em torno de mim, uma reação instintiva e condicionada pela experiência que já tinham dessas situações de conflito. Corleone, Diana, Prii, Klavan, Bass... estavam cada um por si.
Durante o primeiro minuto do confronto observei o campo de batalha e tentei, com pouco sucesso, coordenar as ações de heróis e seguidores. Não sou um combatente hábil; o melhor que podia fazer era alertar meus companheiros contra batedores e oportunistas, e ficar a postos para prestar auxílio médico e tático. Infelizmente apenas os policiais que me servem atuavam em uníssono comigo. Aos outros só podia orar aos deuses por sorte.
- Destrua o líder, e as tropas ficarão desmoralizadas e desorientadas.
Olhei ao redor, assustado. Não vi ninguém ao meu lado, mas sabia que havia alguém ali. A voz rouca e maliciosa soou a menos de dois metros, e pude sentir o fétido hálito da criatura, de algum ponto. Não tive tempo para raciocinar sobre o assunto: um golpe rápido me projetou contra a parede de uma construção e o impacto foi tão poderoso que a atravessei, fazendo um pequeno buraco na base do prédio.
- "DOUTOR BLAAAAACKKKKK!!!!" Gritaram os policiais, que não faziam a mínima ideia do que havia acontecido.
O golpe deslocou completamente meu braço direito e quebrou o esquerdo em três partes. Minha bacia, que foi a primeira parte a encontrar a parede de tijolos, parecia ter sido pulverizada. Perdi parcialmente a visão e os outros sentidos ficaram turvos. Meus nervos não funcionavam direito, pois não havia dor, apenas dormência e paralisia em todo o corpo. Havia pouco sangue a vista, pois a hemorragia era interna. Mesmo não vendo ou sentindo nada, eu sabia que havia sofrido traumatismo craniano.
- "Ainda vivo? Por pouco tempo." A mesma voz, ainda invisível, falou.
Seja por descuido, seja pelo desejo de se revelar à vítima, meu adversário deixou o manto de sombras que o tornava invisível. Era uma grande e musculoso lestrigão, embora mal pudesse reconhecê-lo devido a quase cegueira que me afligia, e também por jamais ter ouvido histórias sobre meio-gigantes capazes de se tornar invisíveis. Meu oponente se aproximava, parecia contar apenas com os próprios punhos como armas.
Chorei. Não pela dor ou sofrimento, mas pelo que o monstro me obrigaria a fazer. Roguei ao Destino que tivesse compaixão dos humanos que por tanto tempo zelei, contendo a evolução natural de meu poder divino. Rezei ao meu Pai, pedindo que me concedesse força suficiente para subjugar meu inimigo. Então permiti a liberação de todo meu poder.
A parca luz do aposento começou a convergir toda para mim. Minha pele, até então muito branca, adquiria lentamente uma aparência bronzeada, que refletia cada vez mais forte essa luz. De um modo macabro e assustador meus ferimentos começavam a cicatrizar sozinhos, os ossos se reajustavam, meus sentidos voltavam ao normal, e meus nervos gritavam de dor enquanto meu corpo se restabelecia. O brilho se tornou forte o suficiente para conter o avanço do monstro, que parecia incomodado com a luminosidade. Fiquei de pé e falei, com fúria vingativa:
- MONSTRO MALDITO! VOCÊ ME OBRIGOU A FAZER O QUE MAIS TEMIA. NÃO PODIA TOMBAR NESTE MOMENTO, NÃO TÃO PERTO. PARA SOBREVIVER, PRECISEI LIBERAR TODO O PODER QUE MANTIVE LATENTE, NÃO HÁ MAIS VOLTA. AGORA, DESTRUIÇÃO SE ABATERÁ SOBRE VOCÊ POR MINHAS PRÓPRIAS MÃOS...
Meus olhos ficaram totalmente dourados, e um cone de energia invisível foi emitido. Radiação ultravioleta envolveu o corpo do lestrigão, que imeditamente começou a explodir em pústulas cancerosas e severas queimaduras de terceiro grau. Seu corpo parecia lutar contra a doença degenerativa.
- POR MEU PAI, PELO OLIMPO, MORRA!
Em segundos, o enorme corpo jazia no chão pedregoso, frito pela energia radiativa.
Os policiais invadiram atrapalhadamente o prédio, avançando pela pequena abertura feita pelo corpo de Doc Black, e o assombro os dominou. O franzino e inofensivo garoto que seguiam já não se encontrava lá. Agora havia um belo e atlético rapaz, de pele bronzeada e porte rígido e imponente.
Com a voz triste, Doc Black suspirou:
- Não há mais volta.
En Taro Adun!
20 comentários:
Tibúrcio, numa conversa que tive com Diogo ontem ele disse que muito provavelmente tua campanha não avançaria para God, devido ao prazo que teríamos para concluí-la (até o final do ano). Gostaria de saber tua opinião. Achas possível que cheguemos a Gods até o final do ano?
Minha opinião é que deves seguir a campanha conforme planejou, sem pressa, mesmo que não consigamos avançar a Gods. No entanto, sugiro que o grupo debata sobre isso para chegarmos a um consenso.
Pois é Angelo, ficará realmente dificil de vc's chegarem a God's como eu esperava, porém a minha vida hj esta no 'se'
terei que esperar acabar o periodo e ver se eu passo na seleção da usp,minas ou DQF ou DEQ. dependendo de qual pós vou entrar a campanha ira até God. De ante mão estou muito satisfeito com a mesa e como vc's estão a interpretar os pjs. Fico triste em saber que perderemos Chuck, porém andei a ler o quinto livro e tive ideias muito boas para a historia.
abraços
Que tornemos a história da campanha memorável, portanto! Que nossas interpretações fiquem cada vez mais apuradas e tenhamos plena satisfação com o desenvolvimento de nossos personagens.
Não falei nada sobre o poste antes,pois num tinha lido ainda,
desculpa por não ter ficado como vc imaginava a sena, foi mal:(,
gostei muito da sua versão,\o/
abraços
ps: estou a terminar mais um post de jack lancaster's.
Fique tranquilo, caro Tibúrcio, como disse a maneira como aconteceu na sessão também legal, principalmente porque você entendeu no ato a intenção original, haja vista a forma como descreveu a gravidade dos ferimentos (foi bom você ter entendido que não iria usar Damage Conversion). Fico feliz que tenha gostado da minha versão.
Lestrigão?
Quando vai ser a próxima sessão?
No meu caso, a preferência é pelo sábado, à tarde, pois domingo é quase 100% certo que terei um compromisso (estou aguardando confirmação; qualquer mudança informarei a vocês)
Bem companheiros, venho lhes informara que será difícil de narrar até o dia 16/09, pois tenho que me dedicar para a semana de provas, já que hj Diogo me alertou que eu não posso reprovar duas cadeiras, visto que a reitoria irá me jubilar. Logo, só estarei a narrar dia 18/09.
Blz gente?
Enquanto isto, estarei a fazer as entrevistas com os pj's.
Em breve estarei a postar no blog de jack mais um capitulo de sua jornada(back).
abraços
É uma pena saber disso, Tibúrcio, mas fazes bem em não prejudicar tua carreira pelo jogo, afinal RPG é um hobby, uma diversão, a vida real está aí. Bons estudos e boa sorte nas provas.
Não estou certo se Tibúrcio gostaria de continuar jogando com Jack Lancaster na campanha de Diogo (digo isso baseando no que havíamos conversado tempos atrás), mas se não houver problema para ninguém poderíamos dar prosseguimento à campanha de Diogo, como Demigods. Sem dúvida e continuaria com Zero.
Sendo isso possível, haveria jogo já neste final de semana? Aguardo confirmação, pessoal.
Buenas!
1° parabéns pelo post angelo. Ficou bem emocionante imaginar tudo acontecendo (visualizei um armazem abandonado).
2° bem por mim não teria problema algum continuar minha campanha nos dias em que tiba não possa mestrar POREM nesse final de semana eu não poderei jogar de qualquer forma.
3º sobre minha campanha quero 1º conversar com todos, ver se a maioria tem esse interesse e alem disso explicar as modificações nas regras com antecedencia para que não haja problemas posteriores, caso todos fiquem de acordo posso dar prosseguimento sem maiores problemas. Lembrando que como haverá alteração nas regras que usarei, deixarei livre a alteração da ficha (ou criação de um novo PC) para quem isso interessar.
Olha, pra ser bem sincero eu não tenho vontade jogar aquela campanha de novo não.
Meu personagem não era voltado pra combate e várias vezes eu fui pra sessão e fiquei chupando dedo, porque praticamente só rolava combate.
Se houver um compromisso de mudar isso e de fazer uma história mais compreensível (até hoje eu não entendo aquela campanha) eu topo voltar a jogar.
Entendo você, Renato, sinceramente.
Diogo, antes de prosseguir ou não com tua campanha devemos fazer como você disse: ouvir a todos e comentar as alterações que fizesse. Havendo interesse em retornar, vamos nessa.
Outrossim, talvez GURPS 4th, ou Mutantes & Malfeitores (toparias, Renato? Nunca joguei M&M).
Tibúrcio, logo que possível responderei às novas perguntas da entrevista.
Aguardo contato, pessoal.
Agradeço o elogio, Diogo. Você não acompanhou o combate na sessão (contra um minotauro) mas talvez a cena ficasse bem próxima do que descrevi na postagem se Diana não o tivesse destruído antes. Mas valeu, foi legal.
Penso que seria interessante se descrevesses tuas pretenções para Demigod (assim não teríamos que esperar até a próxima sessão - daqui há duas semanas). Já daria para o grupo avaliar se gostaria de prosseguir.
Renato, li em teu blog que já estás comprometido com uma crônica de Lobisomem então entendo que será impraticável narrar M&M. Quanto a tua atitude de desencanar com os faltosos, fazes muito bem. Sei como é, e o quanto é difícil ignorar esta postura (em especial não justificar ou avisar previamente). Desejo sorte e tranquilidade.
Tibúrcio, já respondi às perguntas adicionais que colocou na postagem anterior. Acho que achará as respostas interessantes, principalmente pelos ganchos em potencial que deixei (caso queira explorá-los).
Sobre o post de Ângelo: Lestrigão?
Sobre os comentários: Puuutz.
Enfim, tô aí todo sábado, com exceção do dia 11. Tendo jogo, estou lá.
Devo admitir que não lembro mais nem o começo nem o fim da história de Diogo (tá, eu lembro de Zero, e só). Então essa não me empolga tanto.
Falows.
Hail, caro Lucas, espero que estejas gostando da nova experiência que estás vivenciando. Fico feliz em saber que continuarás conosco esporadicamente. Desejo-te tudo de bom, mais uma vez.
Lestrigão é uma espécie de gigante, ou meio-gigante, citado nos livros de Percy Jackson. Ulisses lidou com eles numa passagem de A Odisséia.
Diogo, ao que tudo indica infelizmente não prosseguiremos tua campanha.
Caro Angelo, desculpe minha demora em comentar sobre teu post... mas ta realmente otimo.
Parabens, mais uma vez Angelo!
Muito obrigado, amigo. Não se preocupe com a demora, nem se sinta na obrigação de comentar sobre o assunto, faça se quiser e quando quiser. Sei que nem todos podem acessar frequentemente o blog.
Aproveite o restinho do feriado e bom resto de semana.
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