domingo, 7 de março de 2010

Quem fui um dia III.2

Ao pegar a Avenida Oxford Street indo para o bairro de Paddington, notei uma sombra nos peitoris dos casarões do século 15, a sombra se movera com uma velocidade incrível, tentei acompanha-la. No cruzamento da INN Road com a Clerkenwell Road, parei no sinal e vi os olhos vermelhos no Beco da Loja de Carmefin’s (uma loja de doces tradicional de Londres foi aberta no ano 1415 e funciona até hj, não com o mesmo dono é claro, ou teríamos que averiguar o pq um 'imortal' venderia doces até os dias atuais). Os encarei até ouvir uma buzina me alertando que o sinal havia aberto, passei as mãos no rosto respirei fundo e fui ao encontro de Lisa, pegando a Fleet Street. Parei o carro perto de um parque infantil e fui até o fleet que Lisa estava, ela estava a morar com a sua tia para ficar mais próxima do quartel e nos vermos com mais frequência. Apesar de estarmos namorando a menos de uma semana nossa proximidade vem desde sempre. Toco a campainha o meu coração dispara não sei ao certo o que fazer ou dizer, ouço paços a porta abre, é a tia de Lisa a Sra. Margareth.
- Boa tarde, Lisa esta?
- Vou chamá-la, entre, por favor.
- Obrigado!
- Sentisse um momento, sim!

Ela adentrou na casa, a casa era simples dois andares, na parte inferior era a sala (com um sofá, um som e um míni bar), cozinha e um banheiro. No primeiro andar os quartos e mais um banheiro. A sala tinha uma decoração simples bem casual, um sofá de três lugares uma escrivaninha de uma pessoa para estudos, um mini bar e um tapete de veludo no centro, duas janelas frontais com cortinas.

- Jack!! Algum problema. Lisa falara enquanto descia a escada. Ela estava usando um vestido rendado de cor amarelada, parecia um raio de luz na minha vida. Meu coração batia cada vez mais forte à medida que ela descia a escada.
- Oi, meu bem! Dei um beijo e a segurei forte, ela meio que se assustou com a pegada.
- Tudo bem?
- É que eu tenho boas e mas noticias.
- Minha mãe esta organizando uma festa de noivado para nós hj à noite, e fui convocado para o Golfo, parto em dois dias.

Lisa segurou minha mão, olhou para mim por alguns segundos, que mais pareciam minutos e me beijou, um beijo profundo e intenso, ao ponto de me deixar excitado. As lágrimas caiam de seus olhos eu tentava enxuga-los, mais não adiantava. A abracei, e lhe contei como seria lá no Golfo e o que iria fazer, mais quanto mais tentava amenizar e dizer que não estaria em risco, mais parecia que seria morto em guerra. Esperei ela se acalmar e fomos até uma loja da Victória Screts comprar um vestido para ela usar mais tarde e ela ver o terno que eu usaria a noite. Durante as compras tentei explicar para ela que estaria o mais breve possível em casa. As palavras não surtiram efeito, sentamos numa praça perto do Pártenon das vitimas do Holocausto. Turistas passavam a todo momento tirando fotos das amostras de arte que se espalhavam pelo parque até o Pártenon. Segurei sua mão, e disse:

- Sei que lhe preocupa a minha ida para a guerra, por isto a lhe pedi em casamento.
- Entendo que para sua carreira esta é uma grande oportunidade, mais tenho medo de perde-lo.
Quando ela terminou a frase passou um rapaz escutando Beatles no seu rádio. Uma lágrima desceu no meu rosto. Nos abraçamos e curtimos o momento. A olhei no fundo dos olhos,

- Quer casar comigo hj?
- Sim,simmmmmmm, me beijou com euforia.

2 comentários:

Pele-de-Escama disse...

Ok, meu caro, enfim transcrevesses o ótimo texto de teu blog como havias prometido, diferindo apenas pela divisão em duas partes. Não farei comentários na postagem seguinte.

Grande trabalho!

Robert disse...

Valeu angelo, muito obtigado mesmo
abraços

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