quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fragmentos de um Diário I


“Oh, Matriarca Cuidadosa, pousa tua mão sobre minha cabeça e concede-me tua paz.
Que o pouco realizado por mim em prol de teus queridos filhos tenha te feito sorrir.
Sou-te grato por mais um dia de saúde e bom senso.
Amaggut!”
(trecho de uma das suas orações noturnas)

Extraído do diário de Anaximandrus

Quarta-feira, 04 de novembro de 1158.


Um dia diferente do habitual, enfim! Nada se compara a confrontar-se com algo novo e então conhecer os seus detalhes! Confesso que quando cheguei à cidade esta noite, acompanhando a caravana de Mestre Sólomon, tudo que eu queria era degustar um belo prato de javali guisado e tomar um cálice de vinho antes de dormir, mas não demorou até que comentários maliciosamente sussurrados ao meu redor falassem de algo simplesmente absurdo: um irmão de raça aprisionado por espancar uma criança!
Naturalmente, não parti de imediato em seu socorro. Apenas um tolo segue seus impulsos sem antes investigar e analisar uma situação. Durante e após a ceia conversei com alguns plebeus na taverna onde me hospedei e reuni dados suficientes para me lançar ao resgate do meu certamente injustiçado irmão. Depois de vagar por muito tempo pela grande e desconhecida cidade, cheguei a um alojamento militar que parecia ser uma pequena prisão. Esbaforido e ansioso, surpreendi-me ao ver três irmãos halflings, todos com vestimentas típicas de aventureiros (e um deles sendo carregado!) no portão de saída do prédio.
Feliz por ver três irmãos que certamente poderiam me fornecer informações valiosas, apresentei-me e rapidamente comecei a questioná-los sobre os boatos e afins. Sendo eu um sacerdote da Abençoada Yondalla, mãe de todo o povo pequenino, e expondo orgulhoso em meu pescoço seu símbolo sagrado, estranhei o arqueiro do grupo demonstrar tamanha desconfiança para comigo, como se não quisesse dar respostas diretas. O jovem de manto, obviamente um feiticeiro de algum tipo, mostrou-se mais objetivo, dizendo que não era o local apropriado para conversarmos sobre isso, mas que o irmão desacordado era quem eu procurava. Dessa forma, vendo a pressa que tinham para afastar-se do local, sugeri algo muito óbvio para mim, e fácil também: restaurar a saúde do “selvagem” para que todos pudessem sair de lá andando. Rogando à Provedora por um simbólico auxílio ao seu filho ferido, impus as mãos sobre seu peito e a energia da vida ganhou novo fôlego. Finalmente, para que pudessem me explicar tudo, convidei-os para comer na taverna onde me hospedara.
Ah, é claro, que distração a minha: meus novos companheiros são Malak Torin um arqueiro; Meriadoc, um arcano; e Konan uma bárbaro de terras distantes.
Possuindo por patrono um lorde local chamado Bilbo, o grupo me deixou ciente de sua missão relativamente secreta, envolvendo o prefeito da cidade e sua aparente perda de juízo. A esposa deste, preocupada, pediu ajuda a lorde Bilbo e os três foram contratados. Informaram-me sobre novas contratações por parte do lorde, mas recompensa financeira não é o que move um bondoso e ordeiro devoto da Protetora e Provedora: a vitória sobre o mal e a preservação da ordem regem nossos atos!
Infelizmente eu já possuía uma missão, singela, mas ainda assim, minha obrigação: entregar uma encomenda contida numa arca (robes cerimoniais de seda) numa cidade próxima. Pelos meus cálculos, ainda tenho cinco dias para entregá-las no prazo. Ofereci meus serviços pelos próximos três dias.
Tudo que pedi a eles é que tentássemos investigar as coisas de forma ordenada, sem subterfúgios. Se conseguissem os nomes de algumas autoridades da cidade eu mesmo poderia conversar com elas e pedir uma autorização formal para que as investigações ocorressem no forte-prisão.
Executei um último encantamento de cura em Konan, despedi-me de Meriadoc e Malak e me recolhi para um merecido descanso, iniciado com o registro dessas pequenas memórias. Amanhã nos encontraremos novamente e, com as bênçãos de Yondalla, tudo correrá bem.

3 comentários:

Anão Picareta disse...

muito show a descrição!!!! Essa merecia 600XP!

Pele-de-Escama disse...

Valeu. Dá trabalho, sem dúvida, fazer uma descrição como essa, mas quando eu jogo procuro me envolver mesmo no papel e interpretar o personagem do melhor jeito possível, seguindo as diretrizes que estabeleci no histórico.

É por isso que me permito gastar preciosos pontos de perícia em algo como profissão (cozinheiro), pois é relevante para o personagem possuí-la.

Agradeço o espaço e gostaria de saber a opinião dos outros também. Até breve, pessoal.

Siddartha Gautamma disse...

bem anaximandrus preciso admitir que mesmo entre meus colegas de academia há poucos com tamanha habilidade em comunicação e expressão, como a que vc demonstra ter...

uma pena que vc tenha feito votos a Yondalla...

com todo o respeito a ela, que é a minha deusa tb, mas penso que seu talento seria melhor aproveitado dentro de uma academia arcana...

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